O presidente Lula já assinou a nomeação e a escolha será formalizada pelo Palácio do Planalto nos próximos minutos, segundo o portal UOL e o jornal O Globo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu indicar o advogado-geral da União, Jorge Messias, para a vaga aberta no Supremo Tribunal Federal (STF) após a aposentadoria de Luís Roberto Barroso.

Caso o nome de Messias, que tem 45 anos, seja aprovado pelo Senado Federal, ele poderá permanecer na Corte pelos próximos 30 anos.

A indicação coloca Messias como o terceiro nome escolhido por Lula para a Corte neste mandato, ao lado de Cristiano Zanin e Flávio Dino.

A decisão ocorre em meio a um ambiente político mais sensível no Senado, que terá a palavra final sobre a aprovação do indicado.

A votação recente que reconduziu Paulo Gonet ao comando da PGR — com margem estreita — acendeu um alerta no governo sobre o humor da Casa. Messias terá de construir pontes, especialmente com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, cuja preferência inicial era o senador Rodrigo Pacheco.

Ainda assim, a avaliação interna é de que o nome do chefe da AGU tende a avançar sem grandes sobressaltos.
Além do alinhamento político, a indicação de Messias também é interpretada como um gesto de Lula ao eleitorado evangélico, grupo no qual o governo enfrenta maior resistência.

Messias, que mantém diálogo frequente com lideranças religiosas e ganhou destaque em agendas voltadas ao segmento, passou a desempenhar papel estratégico nessa aproximação.

Ele já vinha sendo escalado para eventos e mediações sensíveis, reforçando sua posição dentro do círculo de confiança presidencial.

Nos bastidores do governo, Messias consolidou influência ao conduzir temas jurídicos de alta relevância, como a solução para as fraudes em consignados do INSS e a articulação de medidas para contestar barreiras comerciais impostas aos produtos brasileiros no exterior.

Ao mesmo tempo, fortaleceu sua relação com ministros de peso da Esplanada e se reposicionou politicamente após ter ficado fora da disputa anterior por uma cadeira no STF, quando Lula optou por Flávio Dino.

Com histórico ligado à gestão petista desde os governos Dilma Rousseff, Messias chega à indicação como um quadro de estabilidade técnica e lealdade política.

Fonte Infomoney